Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2006

testamento

. quando eu morrer, deita-me no solo sem mais nada - esqueça os civilizados, mortalha, esquife ou fogueira: enterra-me nu, não me negues à minha mãe. quero no aconchego do seu colo estar ligado às raízes, trepar caules galhos e flores e gozar na língua de um colibri, fazer amor com abelhas sem nenhum pudor ou malícia e então voltar à terra em sementes, o que eu nunca deixei de ser.